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A principal bandeira continua sendo a da igualdade

07/01/2013
Qual o simbolismo de uma luta que traz esse aniversário de 5 anos da CTB?
 
O fato que mais marcou a CTB nesses 5 anos foi a realização da Conclat no Pacaembu. Ali, a CTB mostrou a que veio. A empolgação da militância, o visual e as nossas bandeiras de luta, expressadas na plataforma da classe trabalhadora, nos mostrou que a decisão de criarmos uma central foi acertada.
 
Todo o processo de mobilização que se seguiu, desde então, foi encampado pela nossa militância com altivez, pois nos sentimos protagonistas do segundo maior encontro da classe trabalhadora na história do sindicalismo brasileiro.
 
Outra questão que me vem a mente nesse momento são as marchas que realizamos em todo Brasil pela valorização do salario mínimo, pela redução da jornada para 40 horas e contra o processo de desindustrialização do país.
 
Diante do balanço positivo feito, quais conquistas das mulheres trabalhadoras cabem destacar?
 
A maior delas foi o reconhecimento da nossa capacidade de articulação das questões gerais e as específicas. Avançamos na organização do coletivo de mulheres nos estados, temos nossa própria marca da secretaria das mulheres, possuímos elaboração teórica que orienta nossa atuação junto aos demais movimentos feministas e participamos do Fórum das mulheres das centrais sindicais. Um movimento que traduz o novo momento da luta das mulheres via unidade e a sua consolidação como espaço de discussão e encaminhamentos de lutas, com a defesa da aprovação do PL da Igualdade, da reforma política, aplicação da lei Maria da Penha, a PEC do trabalho doméstico dentre outras, que ganharam o respeito dos homens.
 
As centrais sindicais constituíram o Fórum das Centrais e das Mulheres Trabalhadoras, que trata de uma pauta específica das trabalhadoras. Qual foi o papel da CTB para esse avanço?

 
O nosso papel, sem desmerecer as demais centrais, foi determinante, pois, partiu da CTB a ideia do fórum. Desde então, temos feito um grande esforço de articular as CTB’s estaduais a fundarem os fóruns estaduais e ampliar a luta em defesa da aprovação dos PL’s da Igualdade, mas, também incluir outros pontos na pauta do fórum, que pretende transversalizar a luta geral do movimento sindical com as questões relativas a gênero, raça, diversidade e geração, na perspectiva de que as questões especificas desses segmentos, para que sejam incorporadas pelo conjunto do movimento sindical.
 
A secretaria da Mulher Trabalhadora sempre foi muito atuante. No entanto, dentro do próprio movimento sindical ainda persiste a discriminação contra as mulheres e o machismo. Como a secretaria tem trabalhado para mudar essa realidade nos estados/sindicatos?
 
A discriminação e o machismo é uma prática secular, encarada muitas vezes com naturalidade por algumas pessoas, que tendem a reproduzir a cultura patriarcal e sexista atribuindo atitudes, comportamentos e espaços como próprios de homens e/ou de mulheres. Nosso entendimento parte do pressuposto de é preciso educar e reeducar a sociedade (homens e mulheres), mudar hábitos e atitudes, portanto, há de se encarar essa tarefa como um esforço coletivo, em que todos e todas somos responsáveis (pessoas, governos, escola, instituições sociais, etc), devendo combinar as lutas sociais com o compromisso do governo na aprovação de politicas públicas capazes de oferecer alternativas as mulheres, dando-lhes autonomia econômica e politica, acesso as leis de proteção contra toda forma de agressões/discriminações.
 
Completados os 5 anos de trajetória e luta, a CTB inicia um novo ciclo. Dentro dessa perspectiva, quais bandeiras serão prioritárias para secretaria da Mulher Trabalhadora para os próximos anos?
 
A principal bandeira continua sendo a da igualdade salarial, política e de oportunidades, tanto no trabalho como na vida social. Sob esse grande guarda chuva “da igualdade” destacamos a aprovação das leis que versão sobre o tema e se encontram paradas no Congresso Nacional e as Convenções da OIT. Queremos ocupar os espaços de poder nas empresas, na politica e no movimento sindical para provar que não somos inferiores aos homens, apenas diferentes. O que não nos torna incapazes. Nossa perspectiva é aumentar o numero de mulheres em cargos estratégicos do movimento sindical, do sindicato de base à Central e ampliar o nível de envolvimento dos homens com os temas que tratam da questão da mulher.

Raimunda Gomes (Doquinha) é Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CTB

Fonte: CTB
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