O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (SINTEAM) se posicionou contra as aulas híbridas e presenciais nas redes municipal e estadual de ensino, sem a imunização de profissionais, com as duas doses da vacina. A afirmação foi feita hoje durante audiência pública promovida pela Comissão de Educação da Câmara Municipal de Manaus para tratar sobre as aulas no município.

“O ensino híbrido também é um risco. As salas são fechadas, com janelas lacradas, sem circulação de ar. É híbrido somente para os alunos. O professor precisa estar todos os dias na escola. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) precisa oferecer estrutura para trabalhadores e alunos no sentido de garantir o ensino remoto”, defendeu o professor Cleber Ferreira, diretor de finanças do SINTEAM.

Ele lembrou que o sindicato enviou ofício para o prefeito David Almeida e para a Semed para tratar sobre o assunto. Uma reunião foi realizada no dia 15 de fevereiro com o secretário Pauderney Avelino. 

O SINTEAM também cobrou auxílio para as despesas que os professores estão tendo com o trabalho remoto, como equipamentos eletrônicos e internet. “O orçamento só tem crescimento. Está 11% maior do que o orçamento do ano passado. As mudanças no Fundeb aumentaram a verba para o investimento em educação”, disse.

ManausMed e data-base

Cleber cobrou melhoria no atendimento médico da Manausmed, que apresenta precariedade desde o ano passado e a data-base da categoria, que vence dia 1 de maio e apresenta defasagem salarial de 8,28%. “O Fundeb pode resolver isso, pois agora o poder público tem a obrigação de investir, no mínimo, 70% em pagamento de salários dos profissionais da educação. Reajuste salarial é possível e ajudaria a girar a economia nesse momento de pandemia”, afirmou.