SINTEAM realiza assembleias setoriais na semana que vem para discutir data base 2019
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (SINTEAM) inicia na semana que vem uma agenda de assembleias setoriais em Manaus para debater a data-base da categoria, vencida no dia 1º de março. A primeira reunião está marcada na zona Norte para o dia 13 (quarta-feira), às 16, em local a confirmar.
Segundo a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, uma reunião com o secretário da SEDUC já está marcada. "Mas as assembleias acontecerão independente disso", afirmou.
Na última quinta-feira, parte da diretoria ocupou a antessala do governador para forçar uma audiência com o governador Wilson Lima.
Depois de 6h de espera, militares da segurança do governo obrigaram os professores a se retirarem.
Desde janeiro, o sindicato tenta conversar com o governador sobre a data-base e demais pautas da categoria.
No dia 21 de janeiro, o SINTEAM foi recebido pelo secretário da SEDUC, Luiz Castro que prometeu voltar a reunir no início de fevereiro.
Desde então, não houve mais diálogo. “Nossa data-base venceu. Procuramos a SEDUC mais três vezes e não tivemos retorno. Na quinta-feira, resolvemos tentar marcar uma data com o governador e também não tivemos resposta. O próximo passo é reunir a categoria para avaliar que medidas serão tomadas”, disse a presidente do SINTEAM, Ana Cristina Rodrigues.
Data-base SEDUC
O SINTEAM vai cobrar 15% de reajuste salarial referente à data-base da Seduc 2019. O valor foi definido depois de um estudo do DIEESE e é baseado no Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e no percentual de perda do poder de compra do período entre 2015 e 2018.
A data-base dos trabalhadores da rede estadual de ensino vence no dia 1° de março de cada ano e está prevista na Lei do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
"Estamos sem ganho real desde 2015. O reajuste ocorrido após a greve do ano passado só fez a reposição da inflação. Nosso poder de compra reduziu mais de 9,5% nesses quatro anos. Precisamos resolver esse impasse", afirmou Ana Cristina Rodrigues.
Além do reajuste salarial, o sindicato reivindica igualar o pagamento de vale-alimentação para todos os funcionários da Seduc (atualmente os lotados nas escolas recebem R$ 420 e os da sede, R$ 220), pagamento do enquadramento horizontal (por tempo de serviço) atrasado desde 2017, enquadramento vertical automático, auxílio localidade, estender o plano de saúde para aposentados e vale transporte para todos sem o desconto de 6%.