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SINTEAM encerra a greve no Estado e discute campanha salarial da SEMED

10/04/2018
Greve encerrada. Foi a decisão da assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (SINTEAM) na tarde de hoje. Aproximadamente 500 pessoas participaram da votação.

"Aprovamos o fim da greve mas o estado de mobilização continua pra fiscalizarmos o cumprimento das nossas reivindicações", disse o presidente do sindicato, Marcus Libório.

A Lei que garante o reajuste de 27,02% para os trabalhadores da SEDUC foi publicada no diário oficial do dia 9 de abril. O reajuste do vale-transporte e a lista de progressões por titularidade também já foram publicados no Diário Oficial do Estado, assim como plano de saúde já foi retomado. 

"Vamos continuar cobrando a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração e o reajuste do auxílio localidade. O governo entende que esse é um item para entrar no plano. Nós discordamos. Pode ser feito por um decreto antes da revisão e vamos cobrar isso pois é um anseio dos profissionais do interior", disse o secretário de organização do SINTEAM, Cleber Ferreira. 

SEMED
A Assembleia geral encaminhou que fossem realizadas assembleias zonais na Semed, para que seja construída a pauta de reivindicação da campanha salarial no município, cuja data-base vence no dia 1° de maio. 

À revelia da categoria, o prefeito Artur Neto concedeu 3% de reajuste para todas as categorias do Município. "Ele sequer conversou pra saber se é isso o que nós queremos. A educação é diferente. Nós temos receita própria, o FUNDEB", disse Libório.

A assembleia também aprovou uma moção de repúdio às agressões às mulheres ocorridas na Assembleia do último dia 5 de abril.

Moção de repúdio

O Comando de Greve Unificado do Sinteam e a CTB  vêm a público, de forma consternada, repudiar um ato de violência vil de que foram alvo as trabalhadoras da educação lideranças do movimento.

No último dia 05 de abril, mais um caso de violência contra mulheres eleitas para representar a categoria no exercício de direção do movimento grevista, que infelizmente, aconteceu dentro do espaço físico da Arena Amadeu Teixeira: a professora Gleice e a professora Isis Tavares foram alvo de agressões verbais e ameaça de agressões físicas.

O mais estarrecedor é que a agressão veio de quem menos se espera: pessoas que se identificaram como educadores.

Temos a convicção de que esse tipo de acontecimento não veio da prática da grande maioria da categoria que sofre as consequências do que é denunciado e já é pauta constante de todas as entidades sindicais ligadas ao setor da educação pública nesse país que é a violência no ambiente escolar.

Temos a convicção de que esse tipo de acontecimento não veio da prática da grande maioria da nossa categoria que sofre assédio moral e constrangimento por parte de direções que reprimem suas manifestações e direito a livre expressão nas escolas.

Não podemos ignorar que a manifestação de agressões verbais e ameaças de agressões físicas, em especial contra as mulheres lideranças, é algo que vem sendo incitado em manifestações de pessoas públicas e parlamentares de projeção nacional. Mas não podemos nos deixar contaminar pelo ódio, pela intolerância e pela negação da expressão do contraditório pela força bruta ou por qualquer tipo de violência contra as mulheres trabalhadoras em educação, maioria absoluta na nossa categoria profissional.

Não é possível mais conviver com esse tipo de acontecimento em nosso movimento.  Não podemos mais conviver com fatos dessa natureza!

A escola que defendemos deve ser o lugar por excelência do respeito e da construção de melhores valores para a nossa sociedade. 

E a nossa prática não se restringe à sala de aula, mas permeia nossa vida em sociedade e deve permear em especial os fóruns representativos do movimento de trabalhadores em educação.

E uma sociedade melhor passa necessariamente pelo fim de todo tipo de violência contra as mulheres.

Manaus, 10 de abril de 2018.
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